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21/07
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THE GOLDEN JOURNAL
21/07/2025
“Aquele que conquista a si mesmo é mais poderoso do que aquele que subjuga mil exércitos.” — Lao Tzu
O que rolou nos mercados

Ítem | Detalhe |
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Ibovespa 📉 | 133.381,58 pts (‑1,61 %) — recuo com receio de tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros. (Yahoo Finance) |
S&P 500 📉 | 6.312,95 pts (‑0,30 %) — leve realização antes de balanços corporativos. (WSJ) |
Nasdaq Comp. 📈 | 20.895,66 pts (+0,05 %) — setor de tecnologia sustenta ganhos próximos a máximas. (WSJ) |
China – CSI 300 📈 | 4.058,55 pts (+0,12 %) — alta moderada com expectativas para dados econômicos. (Bloomberg) |
Dólar (USD/BRL) 💵 | R$ 5,60 (+0,1 %) — pressão por aversão a risco mantém câmbio elevado. (TradingEconomics) |
Euro (EUR/BRL) 💶 | R$ 6,486 (‑0,2 %) — leve correção após volatilidade na semana. (Exchange‑Rates.org) |
Ouro (24 K, g) 🛡️ | R$ 601,72 (+0,1 %) — demanda por ativos seguros sobe com tensões geopolíticas. (GoldBroker) |
Bitcoin (₿) | US$ 118.837,00 (+0,82 %) — alta moderada, fluxos de investidores institucionais aquecem o mercado. (TradingEconomics) |
Petróleo WTI 🛢️ | US$ 67,51/barril — estabilidade com preocupações sobre oferta global. (TradingEconomics) |
O MELHOR DA ECONOMIA

A atividade econômica do Brasil registra queda inesperada em maio
Apesar das elevações da taxa de juros, a atividade econômica do Brasil recuou 0,7 % em maio, refletindo queda de 1,0 % na arrecadação tributária e de 0,5 % na produção industrial. Analistas alertam que o aperto monetário ainda pressiona o ritmo dos negócios e pode atrasar o retorno ao patamar pré‑pandemia.
Reuters
Tensões aumentam após Lula criticar os EUA por sanções de visto ligadas ao julgamento de Bolsonaro
Em reação às sanções de vistos dos EUA a ministros do tribunal que julga o ex‑presidente Bolsonaro, Lula classificou a medida como “arbitrária” e “inaceitável”, convocando o Itamaraty a avaliar retaliações diplomáticas. O episódio intensifica o impasse entre Brasília e Washington.
Reuters
O Fed deveria cortar juros em julho, diz Waller
O governador do Federal Reserve, Christopher Waller, defendeu um corte de 0,25 p.p. na próxima reunião de julho, argumentando que o impacto das tarifas sobre a inflação tem sido limitado e que a economia necessita de estímulo adicional para evitar desaquecimento.
The Wall Street Journal
Governo instável do Japão perde o controle da Câmara Alta
O partido no poder no Japão perdeu sua maioria na Câmara Alta do Parlamento, aumentando a instabilidade política e complicando a agenda de reformas econômicas do primeiro‑ministro. A oposição promete pressionar por eleições antecipadas.
Reuters
ESTRATÉGIA FUTURA

IA e chips no comando
A Nvidia anunciou a retomada das vendas do chip H20 para a China, revertendo um bloqueio que cortaria até US$ 15 bi em receita. A ação elevou suas ações em 4% e reforça sua liderança no mercado de data centers de IA, projetando margens acima de 60 %. Reuters
TSMC acelera expansão global
A TSMC manteve seu plano de capex entre US$ 38 bi e US$ 42 bi para 2025, apesar de temores de tarifas. A empresa registrou lucro recorde de NT$ 398,3 bi (US$ 13,6 bi) no 2º tri., e elevará sua fatia de nós avançados de 5 nm para 55 % até 2026, reduzindo gargalos na cadeia de suprimentos de IA. Reuters
Nuvens em disputa
A AWS projeta crescimento de 30 % na receita de nuvem no próximo trimestre, enquanto a Microsoft espera margens operacionais de 38 % em sua divisão Azure. A disputa pelo mercado de AIaaS deve pressionar margens de players menores e acelerar fusões no setor. The Wall Street Journal
Deal Mode [ON]

Waters Corp. & Becton Dickinson (M&A)
Waters Corp. vai adquirir a unidade Biosciences & Diagnostic Solutions da Becton Dickinson em uma operação de US$ 17,5 bi, estruturada via Reverse Morris Trust. A combinação gera receita esperada de US$ 6,5 bi em 2025 e reforça presença em life sciences. Reuters
Union Pacific & Norfolk Southern (M&A em negociação)
Union Pacific está em conversas iniciais para adquirir a Norfolk Southern, num acordo que pode chegar a US$ 200 bi, criando uma rede ferroviária única de costa a costa. A confirmação dependerá de aprovações regulatórias nos EUA. Reuters
Visão de Jogo

Alemanha prepara “vingança” contra Inglaterra na Euro Feminina
Com a derrota na final de 2022 ainda viva, a seleção alemã mira reencontro e revanche contra a Inglaterra nas semifinais do Campeonato Europeu Feminino, buscando ajustar o plano tático e superar as favoritíssimas espanholas na outra chave. Reuters
Após derrota traumática, técnico de seleção feminina do País de Gales cobra investimentos
Rhian Wilkinson, treinadora de Gales, apelou por mais oportunidades para meninas e mulheres no esporte após a eliminação sem vitórias no Euro 2025, ressaltando a lacuna de infraestrutura e contratos profissionais para atletas galesas.
Reuters
Escolhida pelo CEO

Clientes da MongoDB Atlas desbloqueiam insights com IA generativa
Em um roundup publicado em 17 de julho de 2025, a MongoDB destacou casos de sucesso em que clientes combinaram a flexibilidade do Atlas com avanços em inteligência artificial para extrair análises preditivas e gerar novos fluxos de receita. Empresas dos setores de saúde, finanças e e‑commerce relataram até 30 % de redução no tempo de consulta a dados e a implementação de agentes de IA que automatizam relatórios complexos, acelerando a tomada de decisão. Mondgodb
Análise de Valor (Matéria Longa e Própria)

Como um Deputado Humilhado e um Jornalista Exilado Abalaram o Brasil e deram “xeque” em um país inteiro
Escrito por Iury Filizola,
Em uma reviravolta que parece tirada de um thriller político, Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Paulo Figueiredo, neto do falecido ex-presidente João Figueiredo, articularam sozinhos uma campanha internacional que colocou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo Lula contra a parede, superando em impacto os 513 deputados e 81 senadores do Congresso Nacional. Exilados nos EUA, onde Eduardo se licenciou do mandato de deputado e Paulo, foragido da Justiça brasileira, fugiu após acusações ligadas à tentativa de golpe de 2022, a dupla mobilizou o governo de Donald Trump para impor sanções que abalam a soberania brasileira e intensificam a crise diplomática.
Em 18 de julho de 2025, o Departamento de Estado dos EUA, sob comando do secretário Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos de Alexandre de Moraes, seus familiares e “aliados” no STF, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e do delegado da Polícia Federal Fábio Schor, envolvidos nas investigações contra Jair Bolsonaro. A lista de alvos excluiu apenas três ministros do STF — Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux —, vistos como menos alinhados à agenda de Moraes. A sanção a Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado, serve como um aviso claro aos atuais presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, e a policiais federais envolvidos nas investigações contra Bolsonaro: a pressão internacional pode atingir qualquer um que apoie ou execute ações contra o clã bolsonarista.A estratégia de Trump vai além dos alvos diretos, atingindo o círculo próximo para maximizar a pressão. Um exemplo é a filha do ministro Luís Roberto Barroso, que, segundo relatos, foi obrigada a abandonar estudos e trabalho nos EUA e retornar ao Brasil. Da mesma forma, a esposa de Alexandre de Moraes, cujo escritório de advocacia mantém negócios nos EUA, enfrenta o risco de sanções financeiras que podem comprometer suas operações. Essa tática de “cerco coletivo” visa isolar os alvos, gerando tensão em suas redes pessoais e profissionais, forçando-os a reconsiderar decisões sob o peso da pressão conjunta.
As sanções atuais, restritas à revogação de vistos, são apenas o começo. Eduardo e Paulo, em seis meses de intensa articulação com congressistas republicanos como Cory Mills e Maria Elvira Salazar, convenceram a Casa Branca de que Moraes lidera uma “caça às bruxas” contra conservadores, violando direitos humanos e censurando empresas americanas como X, Rumble e Truth Social. Trump, que se vê como vítima de perseguições judiciais semelhantes, reagiu com fúria à decisão de Moraes de impor tornozeleira eletrônica e isolamento a Bolsonaro em 18 de julho, interpretando-a como uma “trucagem” pessoal. Posts no X e fontes diplomáticas indicam que Trump planeja escalar as medidas, usando o Brasil como exemplo para países europeus que perseguem opositores conservadores e para nações que se alinham ao BRICS, bloco que Trump acusa de promover uma “agenda antiamericana”.
Duas ferramentas estão na mesa: a Lei Global Magnitsky, que permite congelamento de bens, proibição de transações em dólar e restrições financeiras a indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos, e a International Emergency Economic Powers Act (IEEPA), que autoriza sanções contra quem ameace interesses econômicos dos EUA. A Magnitsky, usada contra juízes em ditaduras como a Rússia, seria um precedente inédito contra um magistrado de um país democrático, enquanto a IEEPA poderia atingir não apenas autoridades, mas também empresas brasileiras com exposição aos EUA, como Embraer,bancos e agronegócio. Essas sanções financeiras, se implementadas, poderiam elevar o risco soberano do Brasil, encarecer captações externas e comprometer setores estratégicos.
Trump não parece estar blefando. Sua decisão de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros em 9 de julho, seguida pela abertura de uma investigação comercial sob a Seção 301, reflete uma estratégia de pressão máxima. A justificativa mistura acusações de práticas comerciais desleais, como barreiras a big techs americanas, com a defesa de Bolsonaro, que Trump vê como um espelho de sua própria luta contra o “establishment”. A ameaça de excluir o Brasil do sistema SWIFT, embora improvável, foi ventilada por Eduardo Bolsonaro, sinalizando o nível de escalada que a dupla busca.
A articulação de Eduardo e Paulo, operando sem o respaldo institucional do Congresso brasileiro, expôs a vulnerabilidade do STF e do governo Lula. Enquanto Lula apela à soberania e tenta negociar com apoio de empresas americanas como Amazon e Coca-Cola, a dupla bolsonarista transforma a crise em uma narrativa de perseguição política, fortalecendo a base de apoio de Jair Bolsonaro e pressionando por uma anistia que poderia anular sua inelegibilidade até 2030.
Trump parece usar o Brasil como um laboratório para enviar um recado global: nações que desafiam os EUA, seja por meio do BRICS ou de ações contra aliados conservadores, enfrentarão consequências. A pressão sobre o STF e a economia brasileira não é apenas uma defesa de Bolsonaro, mas uma advertência a países europeus que, na visão de Trump, perseguem opositores de direita, e a qualquer governo que busque maior autonomia via blocos como o BRICS. O sucesso de Eduardo e Paulo, apesar de sua posição de “humilhados” e “exilados”, revela o poder de uma articulação internacional bem-orquestrada, que colocou o Brasil no centro de um xadrez geopolítico onde as peças são movidas por Washington.
Enquanto o STF resiste, a Faria Lima e o “Trade Tarcísio” assistem à desestabilização de suas apostas, e o Brasil enfrenta o risco de um isolamento econômico sem precedentes. A dupla improvável de Eduardo e Paulo provou que, às vezes, dois homens com contatos certos,motivação e uma narrativa afiada podem enfrentar mais o seu governo do que todo um Congresso.
✨ RECOMENDAÇÕES DA SEMANA
📚 Livro:
Pensar, Rápido e Devagar – Daniel Kahneman — Um mergulho nas duas formas de pensar que moldam nossas decisões, ideal para aprimorar estratégias de negócio e negociação.
📺 Série:
The Bear (Hulu/Star+) – Drama gastronômico visceral que acompanha o caos e a paixão de um restaurante familiar em Chicago.
🍽️ Restaurante:
Maní – Jardim Paulistano, São Paulo – Criatividade brasileira em pratos autorais, com toque contemporâneo e ingredientes sazonais.
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Boa semana. Alta performance. Estratégia viva.
— Equipe Golden Journal 🚀
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21/07/2025
“Aquele que conquista a si mesmo é mais poderoso do que aquele que subjuga mil exércitos.”
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